O fundador do WikiLeaks foi acusado de abuso sexual contra duas mulheres na Suécia. Após o pagamento de uma fiança estimada em cerca de US$380 mil, Assange vive em regime de prisão domicilar no Reino Unido e nega as acusações, afirmando que são motivadas por interesses políticos. As denúncias surgiram após o site começar a divulgar alguns dos 250 mil telegramas diplomáticos dos Estados Unidos. Com isso, algumas empresas como a Visa, Paypal e Mastercard, deixaram de apoiar o projeto e, como consequência, sofreram uma série de ataques de ativistas.
"É sugerido que existe uma possibilidade real de que, se extraditado para a Suécia, os Estados Unidos busquem a sua extradição e/ou transferência ilegal para os Estados Unidos, correndo o risco de ser detido na Baía de Guantánamo ou em outro lugar, em condições que podem violar o Artigo 3 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos", argumenta a defesa. "De fato, se o senhor Assange for entregue aos Estados Unidos sem garantias de que a pena de morte não será executada, existe um risco real de que ele possa ser submetido a ela.”
De acordo com a BBC, a defesa ainda ressalta que o Assange já foi longamente interrogado, e que ele poderia ser interrogado de novo pela Justiça sueca mesmo estando no Reino Unido, sem precisar ser extraditado, bastando, para isso, utilizar o telefone ou recursos de videoconferência.