Segurança da Informação

Criminosos vendem dados bancários roubados a partir de US$2


Os preços aumentam se as contas tiverem um histórico de compras online ou de utilização de plataformas de pagamento como o PayPal, variando entre US$10 e US$1500. Outras “ofertas” passam pela clonagem de cartões (a partir de US$180), máquinas para clonagem de cartões (US$200 a US$1.000), e até caixas eletrônicos falsos (a partir de US$3.500, dependendo do modelo).

Existem também serviços adicionais de lavagem de dinheiro, disponíveis em troca de comissões entre 10% e 40% da operação. Os cibercriminosos também se oferecem para desenvolver lojas online falsas para obter dados bancários e dinheiro dos usuários através de técnicas de rogueware (software falso). Esse mercado negro online oferece ainda aluguel de botnets para envio de spam.

O “espertinho” que pensar em entrar nesse esquema corre tantos riscos quanto suas futuras vítimas. “O primeiro alvo do crime são os dados pessoais e senhas de sua própria clientela”, alerta Eduardo D’Antona, diretor corporativo e de TI da Panda Security. Esses clientes, aliás, também são fáceis de localizar. “A bandidagem cirbernética dispõe de recursos técnicos muito mais avançados para se manter anônima do que o indivíduo seduzido pelas supostas vantagens oferecidas nesses sites”, explica Ricardo Bachert, diretor de consumo da companhia. Para ele, a varredura dos consumidores desse tipo de comércio é o pontapé inicial para o combate ao cibercrime.

A Panda lembra que, assim como em qualquer outro tipo de negócio, o mercado negro tem todos os ingredientes mercadológicos, como concorrência e lei da oferta e da demanda, para garantir competitividade. No entanto, o anonimato é uma prioridade e muitos vendedores utilizam fóruns clandestinos para se manterem escondidos.